Numa das minhas crises de ouvidos, fui ao hospital. Fui recebida por uma médica muito simpática, o que é pouco habitual!
Estava eu à espera que a doutora acabasse de passar a receita, quando entra outro médico. Alto com voz grossa virou -se para a doutora e disse:
- Pensei que a doutora estava sozinha!
-Não! Mas, estou bem acompanhada!
- Não deve estar muito! Está com uma doente! Disse o doutor de voz grossa.
-Mas, é uma paciente saudável. Disse a doutora simpática.
- Não conheço pacientes saudáveis, a não ser quando estão apaixonados. É o seu caso? Perguntou o doutor.
-Sim. Estou apaixonada pelo meu curso. Disse eu cheia de orgulho.
- Qual é o curso? Perguntou-me.
- Ciências da Comunicação. Disse eu.
O melhor foi a resposta dele:
- Isso lá é curso. Isso não tem futuro. Quem tem consciência não vai para jornalismo. Ou te dás com o chefe, ou estás do lado dos cães grandes. Os portugueses não lêem jornais.
Enfim, moral da história, digam o que disserem os jornalistas tem um papel indispensável na vida das pessoas. Enquanto que os senhores doutores tratam dos doentes, nós tratamos da sociedade. Podemos não ter meios, podemos não ser independentes, mas temos o poder da palavra que é mais poderoso que qualquer bisturi.
Vivam os jornalistas, Bem haja ao jornalismo! O JORNALISMO AINDA É A PROFISSÃO MAIS BONITA DO MUNDO!
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