sábado, 4 de abril de 2009

O quinto canal ainda vai fugir com o cavalo branco


Quando soube que ia haver um quinto canal, ou será “canal de quinta”, já não sei, fiquei contente. Para quem estuda jornalismo, com um futuro cinzento-escuro, é sempre um sinal positivo. Mas, pensando bem, não queremos incomodar. É melhor só ter quatro. Como se diz por aí, não se corrigem males com um outro mal.
De inicio estava tudo controlado. A ZON apresentou um projecto que não estaria ao nível de Carnaxide e Queluz. O problema seria mesmo a publicidade.
Um dos medos é que um dos canais privados não resista com o aparecimento do quinto canal.
Agora, eu pergunto:
- Mesmo que o quinto canal faça desaparecer um dos quatro, qual é o mal? Só porque são os primeiros são eternos?

- Onde é que estava esta preocupação com as rádios e os jornais, quando apareceram os primeiros canais privados?

- Serão as televisões que já existem, que vão sofrer mais com o aparecimento, ou serão as rádios e os jornais que vêem grande parte da publicidade canalizada para a Televisão?

- Que utilidade terá, para nós, espectadores, o tal quinto canal?

Eu espero, sinceramente, que se o quinto canal aparecer sirva para trazer algo diferente desta industrialização de imprensa que só tem contribuído para a nossa desinformação. Sim, porque o aumento do número de jornais, revistas, televisões não contribui, em quase nada, para o aumento e para a diversificação de respostas. As famílias acabam todas por dizer o mesmo.
A minha esperança com a eventual abertura do quinto canal, é que este vire o quinto dos infernos para a concorrência. Assim, pode ser que com esta crise se modifiquem, e renasçam das cinzas. É em períodos como este que muitas empresas crescem, e mudam as estratégias.
Olhem para as rádios e para os jornais. Peçam-lhes conselhos. Até mesmo, aquelas e aqueles que já fecharam porque viram grande parte do seu sustento a fugir para a TV.

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